Mesquita de Lisboa entra na última fase de obras
Kátia Catulo
Rodrigo Cabrita (foto)
DN
A Mesquita de Lisboa entrou na terceira e última fase de obras. Inaugurada em 1985 com a construção da sala de culto, os trabalhos no templo muçulmano estarão terminados no final deste ano. A data de conclusão, porém, dependerá da capacidade da Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) para angariar os donativos que visam ampliar este espaço junto à Praça de Espanha.
"Trata-se de obras que no total levaram 27 anos a ficar prontas. Mas estes cálculos só estarão certos se conseguirmos atingir o nosso objectivo que é concluir os trabalhos até ao fim de 2007", esclareceu Mahomed Abed, membro da comissão de obras da Mesquita de Lisboa. São necessários, portanto, cerca de três milhões de euros para terminar o revestimento em tijolo no exterior da mesquita, instalar um sistema de aquecimento de águas com recurso a energia solar, construir um pavilhão multiusos ou um salão nobre com capacidade para 700 pessoas.
Parte destes fundos já está garantido com donativos vindos de vários países islâmicos. "A cobertura das cúpulas e do topo do minarete foi uma oferta de um empresário iraquiano e de uma empresa estatal iraniana que desejam manter o anonimato", explicou Abed, esclarecendo ainda que os mármores que irão revestir o salão nobre e o átrio são um contributo do Estado turco. Os restantes donativos chegam de empresários e famílias da CIL: "Todos contribuem, desde o mais pequeno ao mais poderoso."
Após as obras, a Mesquita de Lisboa irá aumentar a sua capacidade: "Em dias festivos, como o fim do Ramadão, conseguimos acolher cerca de três mil pessoas nas nossas instalações. Com o fim dos trabalhos esperamos aumentar esse número para 4500 pessoas."
Aberto à população residente
As novas valências da mesquita não se destinam apenas à comunidade islâmica. Mahomed Abed explicou ao DN que um dos objectivos passa por colocar o pavilhão multiusos à disposição da população residente: "Os moradores poderão usar o espaço para praticar ginástica e outros desportos. Penso que o pavilhão será uma vantagem para esta zona da cidade, onde não existem muitos equipamentos desportivos."
As obras, que decorrem desde finais de 2005, não irão afectar a actividade regular do templo muçulmano, que, além do horário de culto, continuará a acolher o curso de árabe todas as quartas-feiras entre as 18.00 e as 20.00. As aulas são gratuitas e ministradas por David Munir, xeque da Mesquita de Lisboa: "Esta é uma iniciativa que tem registado a adesão de todo o tipo de pessoas. Basta dizer que 90% dos alunos não pertencem à comunidade islâmica."
Curiosidade pelo Islão
A curiosidade pelo Islão cresceu com a Guerra do Golfo (1990) e após os atentados de 11 de Setembro, esclareceu o responsável, adiantando que a Mesquita de Lisboa recebe todos os dias visitas de alunos de escolas de todo o País: "Só no ano passado passaram por aqui mais de oito mil estudantes."
Foi esse interesse, aliás, que levou Yiossuf Mohamad Adamgy, director da revista Al Furqán, a criar a Feira do Livro Islâmico nas instalações da mesquita. A mostra realiza-se desde 1997 e repete-se todos os anos durante a última semana do mês do Ramadão (este ano, em meados de Outubro). O evento foi para muitos a primeira oportunidade de entrar na Mesquita de Lisboa. "As pessoas pensavam que se tratava de um lugar proibido e a feira do livro veio quebrar este tabu", contou Yiossuf Mohamad Adamgy
Rodrigo Cabrita (foto)
DN
A Mesquita de Lisboa entrou na terceira e última fase de obras. Inaugurada em 1985 com a construção da sala de culto, os trabalhos no templo muçulmano estarão terminados no final deste ano. A data de conclusão, porém, dependerá da capacidade da Comunidade Islâmica de Lisboa (CIL) para angariar os donativos que visam ampliar este espaço junto à Praça de Espanha.
"Trata-se de obras que no total levaram 27 anos a ficar prontas. Mas estes cálculos só estarão certos se conseguirmos atingir o nosso objectivo que é concluir os trabalhos até ao fim de 2007", esclareceu Mahomed Abed, membro da comissão de obras da Mesquita de Lisboa. São necessários, portanto, cerca de três milhões de euros para terminar o revestimento em tijolo no exterior da mesquita, instalar um sistema de aquecimento de águas com recurso a energia solar, construir um pavilhão multiusos ou um salão nobre com capacidade para 700 pessoas.
Parte destes fundos já está garantido com donativos vindos de vários países islâmicos. "A cobertura das cúpulas e do topo do minarete foi uma oferta de um empresário iraquiano e de uma empresa estatal iraniana que desejam manter o anonimato", explicou Abed, esclarecendo ainda que os mármores que irão revestir o salão nobre e o átrio são um contributo do Estado turco. Os restantes donativos chegam de empresários e famílias da CIL: "Todos contribuem, desde o mais pequeno ao mais poderoso."
Após as obras, a Mesquita de Lisboa irá aumentar a sua capacidade: "Em dias festivos, como o fim do Ramadão, conseguimos acolher cerca de três mil pessoas nas nossas instalações. Com o fim dos trabalhos esperamos aumentar esse número para 4500 pessoas."
Aberto à população residente
As novas valências da mesquita não se destinam apenas à comunidade islâmica. Mahomed Abed explicou ao DN que um dos objectivos passa por colocar o pavilhão multiusos à disposição da população residente: "Os moradores poderão usar o espaço para praticar ginástica e outros desportos. Penso que o pavilhão será uma vantagem para esta zona da cidade, onde não existem muitos equipamentos desportivos."
As obras, que decorrem desde finais de 2005, não irão afectar a actividade regular do templo muçulmano, que, além do horário de culto, continuará a acolher o curso de árabe todas as quartas-feiras entre as 18.00 e as 20.00. As aulas são gratuitas e ministradas por David Munir, xeque da Mesquita de Lisboa: "Esta é uma iniciativa que tem registado a adesão de todo o tipo de pessoas. Basta dizer que 90% dos alunos não pertencem à comunidade islâmica."
Curiosidade pelo Islão
A curiosidade pelo Islão cresceu com a Guerra do Golfo (1990) e após os atentados de 11 de Setembro, esclareceu o responsável, adiantando que a Mesquita de Lisboa recebe todos os dias visitas de alunos de escolas de todo o País: "Só no ano passado passaram por aqui mais de oito mil estudantes."
Foi esse interesse, aliás, que levou Yiossuf Mohamad Adamgy, director da revista Al Furqán, a criar a Feira do Livro Islâmico nas instalações da mesquita. A mostra realiza-se desde 1997 e repete-se todos os anos durante a última semana do mês do Ramadão (este ano, em meados de Outubro). O evento foi para muitos a primeira oportunidade de entrar na Mesquita de Lisboa. "As pessoas pensavam que se tratava de um lugar proibido e a feira do livro veio quebrar este tabu", contou Yiossuf Mohamad Adamgy
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